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JOVEM GUARDA 50 ANOS

A alegria das tardes de domingo

Daniel Sérgio

Cidade modelo do Pará e seu monumento.(arquivo blog)

F

oi no dia 22 de agosto em mil novecentos e sessenta e cinco que entrava no ar pela Record, canal 7 de São Paulo, um novo programa. Era para substituir o futebol. O jogo não poderia mais ser mostrado ao vivo. Então o que fazer?  - Começar algo novo para a juventude. No comando, Roberto, Erasmo e Wanderléa. Todos três neófitos na empreitada. Seria uma aposta. O resultado, algo tão incerto, mas, justamente por isso, merecedor da tentativa.

          É uma brasa, mora!- Este foi o bordão mais famoso daqueles anos, As tardes de domingo no teatro Record atraíam centenas de adolescentes, à Beatles, da mesma maneira que os meninos de Liverpool, também na Jovem guarda, foi criado verdadeiro arsenal da publicidade.

           Nos dias deste século, poderíamos afirmar sem medo de errar, um sensacional projeto multimídia, amparado pelas redes sociais. Claro que naquela época, nem se falava em internet. Ou melhor, já havia o embrião da tal rede. As pesquisas espaciais. A conquista da lua, por meio do projeto Apolo. A primeira viagem tripulada ao satélite da Terra seria mil novecentos e sessenta e nove. Por coincidência, o ano do término do programa os ídolos juvenis haviam se exaurido. Todo um excesso de esquemas comerciais fez com que aquelas jovens tardes dominicais, agora fizessem parte do passado, Mas, ficou um legado. A música brasileira popular e a cultura pop, não seriam mais a mesma.  Novos nomes e estilos foram influenciados pelos cabeludos. O principal deles, Roberto Carlos, torna-se o ‘rei’ da canção romântica e popular. É a vida que segue. Estranha-se acreditar que aqueles inocentes artistas, mais parecidos com crianças a se divertirem nas suas músicas. Hoje, estão completando o cinquentário de carreira. Alguns, infelizmente, ficaram pelo caminho. Mas, os sucessos que gravaram, estão ainda hoje influenciando a geração da tecnologia e do imediatismo (Y, Z).  Assim é que deve ser. O mundo em constante transformação. Sempre mostrando as novidades. Mas, não deixando de reverenciar o seu passado.