Grata surpresa

       O ano  de dois mil e doze começou com uma grata surpresa.O reencontro, ainda que virtual da turma dos tempos de ginásio.Foram quase quarenta anos para este momento.Cada um  foi para um lado diferente da vida, depois da saída daquela escola primária.A  vida se encarregou , de arrumar este momento.É claro que a tecnologia(facebook), ajudou, e muito.A famigerada e tão decantada rede social, tem demonstrado  que cumpre o seu mister ,qual seja, aproximar e encontrar pessoas.Uma beleza.
       Mas, voltemos ao nosso pessoal.Como já disse, o  primeiro dia   do ano doze, foi de grata surpresa.O início de um revival, aonde as personagens  reais(e bem reais), começam a falar.Puxa, e como falam.Lembram daqueles tempos  da escola primária e do ginasial.Era um tempo diferente.As pessoas mais simples.A vida, a seu tempo, bem mais difícil.Mas, também, por isto, cada conquista, ainda que pequena, era sempre muito comemorada e bastante valorizada.
       Pois bem, foi neste clima que a gente iniciou os estudos.A gente e toda uma turma.O Brasil, sem as liberdades democráticas.Não se se podia falar mal do governo.Jornais, rádios e televisão, só enalteciam os feitos oficiais.Era um tal de melhor futebol do mundo.Belezas tropicais do país.Mulatas  para exportação(nada contra)."Este é um país, que vai pra frente.Eu te amo, meu Brasil".Tudo muito bonito.Muito contagiante.Mas, as criancinhas(como disse Pelé) morriam de fome.Os velhinhos , quando atingiam a velhice, sofriam, e como.
       É mais foi em todo este ambiente, que iniciávamos a nossa epopeia estudantil.Éramos guerreiros sim.Nossos mestres, à época, eram mestres.Hoje em dia, bom, melhor deixar para lá.Lembro ainda, como se fosse hoje, das primeiras aulas, do riscado no quadro negro, das nossas primeiras letras.Da figura, quase sempre desbotada, que era a fotografia do patrono nas salas de aula.Do barulho assustador do sinal, que indicava o horário de entrada, da saída e a hora do recreio.Hora do recreio, aonde a gente ia até a fila do leite com chocolate(às vezes), do pão com alguma coisa dentro(risos), da sopa, nem sempre gostava de sopa.Mas, comia, raspava o prato, como se dizia.Porque tudo era feito com muito carinho.
       Havia também, os berros da dona Priscila, a diretora da escola.Hoje, ela mora no céu, com Deus.Mas àquele tempo gritava, como gritava.A meninada, tremia de medo, só em ouvir a sua voz.Se fosse para a diretoria, então, todos se borravam(risos)..Mas, tudo foi bom.Todos aqueles sermões e pitos, fizeram com que cada um de nós,  nos  tornássemos homens e mulheres dignos, sabedores  do seu lugar na sociedade.Obrigado dona Priscila, aonde quer que a senhora esteja.
       
Nota, esta história, continua, nas próximas postagens.Até lá, um grande abraços a todos e a todas.

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