Crônica para concurseiros

"Doce ilusão"

Fonte de lucros e "engodo" aos candidatos.
      Concursos públicos, sonho de consumo para muito

     O candidato ao emprego público estuda, perde horas de sono, deixa de lado a vida social. Tudo para conquistar uma vaga dentro de grupo cada vez mais seleto e restrito. Mas, será que vale mesmo a pena tanto sacrifício. Vejamos alguns dados , no mínimo curiosos. eles foram compilados por acaso em dia de reflexão por um candidato em vários destes certames. Acompanhe e tire suas próprias conclusões.
     Em determinado processo, houve 100 mil inscritos. Cada qual pagou a bagatela de 60 reais por taxa de inscrição. Isto leva para uma arrecadação superior aos 5 milhões de reais. Promessa do orgão contratante, seriam 30 vagas imediatas, outros 500 estariam na lista de cadastro de reservas. Pois bem, passando para termos percentuais, temos o seguinte:
     - 0,3% de eleitos, ou seja, aqueles com possibilidade real de contratação.


     --0,5% ficariam na lista de cadastro, os reservas. Estes com alguma esperança em contratação futura.
      -2 ou 3 por cento, seriam os técnicamente aprovados. Quer dizer, passam, mas não levam. como diriam, lá na vila Hortolândia, em Jundiaí: "nem fede, nem cheira".
      - Estes últimos, incluindo ainda os 96% restantes, que provavelmente estariam incluídos nos técnicamente não aprovados, que, no popular, ou linguagem de boteco,papo de praça, ou comentário inútil de redes sociais, seriam os "burros".  Desculpe, se ofendi ao animal. Quer dizer, participar de concurso público, cada vez mais nos tempos atuais, está ficando quase a mesma coisa do que ganhar alguma bolada nas loterias. Puro engodo. Triste isso. Mas, é a pura verdade. Ainda assim, recomendamos aos pretendentes ao cargo efetivo no setor público brasileiro. Faça concurso, estude bastante sempre. Afinal, milagres acontecem. De muito tentar, consegue-se o objetivo. Boa sorte, ou "merda", como se diz antes de entrar em cena no teatro.

          

         por Daniel Sérgio (blogueiro e concurseiro)

Em dose dupla, a piada é mais engraçada.(arquivo DSS).