Destaque do ano
Confira a crônica publicada na edição número 3 do jornal O Jornaleiro, trabalho dos alunos de comunicação da Faculdade de Campo Limpo Paulista.
E aí, vamos protestar?
Apoio às manifestações caiu, conforme pesquisa
Datafolha
Daniel
Sérgio[i]
Depois de saírem para as ruas em todo o Brasil no mês de junho para
protestar contra tudo e contra todos, as pessoas, jovens ou mais experientes
parecem haver perdido a inspiração. Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha mostrou que 70% apoiam os protestos. O número é menor do que
à época das primeiras manifestações (89%). Coincidência ou não, também a popularidade da presidente Dilma sofreu alteração, só que de maneira
inversa. Aumentou deixando a turma a
favor da reeleição animadinha.
A
data em que é comemorada a
independência nacional e que sempre foi marcada por desfiles cívicos e
militares, mostrando um pouco do sentimento de brasilidade e um orgulho pelas
coisas da pátria. Tenho saudades confesso, dos anos de criança e dos desfiles
que as escolas da cidade realizavam. Apesar de jamais haver desfilado ( tinha
vergonha), sic. Sempre achei bonito, principalmente as manobras sensuais que as
meninas faziam com as suas balisas. Sem dúvida, colírio para os olhos masculinos.
Mas, nostalgias à parte. O fato é que, também sempre foi importante protestar
no 7 de setembro. Primeiro por democracia, pelas liberdades do povo. Pela
libertação das grandes potências mundiais. Pelas oportunidades iguais à todos.
Até por uma sociedade menos homofóbica.
Neste particular, contra um tal
parlamentar que adora uma mídia.
O grito dos excluídos, inspiração de movimentos ligados à Igreja
Católica, sempre vem aproveitando a data para colocar o problema dos moradores
de rua (sem-teto) para a opinião
pública. Na época do governo Collor, em
1992, milhares de jovens foram para às ruas com suas caras pintadas em
verde-amarelo pedindo a saída do presidente . Outro fato pitoresco, foi que
enquanto, o presidente Fernando Collor pedia
ao povo para celebrar a data nacional com verde e amarelo. Os jovens em
desobediência cívica, foram às ruas com roupas pretas. Começava a
cair um presidente. No final daquele mês, Collor foi afastado depois de votação
histórica no Congresso Nacional.
Os mascarados
Nas comemorações do dia da Pátria, eles
voltaram. Com o chamado “kit-protesto”,
o que não pode faltar é a máscara. Mesmo que seja feita por um pano ou camiseta
sobre o rosto. O importante é cobrir o
rosto. Teve até a polêmica na assembleia do Rio de Janeiro, com projeto
contra as máscaras, ressalva feita para o carnaval ou alguns eventos
culturais. Dá-lhe mascarados então. Para
depois saírem por aí quebrando tudo, incendiando lixeiras, depredando o
patrimônio privado, xingando e agredindo
jornalistas (que lástima). Mas até, eles e
suas máscaras , parecem que sumiram , ou melhor, diminuíram em número no
7 de setembro. Segundo o portal de notícias da Globo, menos de 100 “baderneiros”,
tumultuaram o desfile no Rio.
O
fato foi que toda aquela multidão que saiu às ruas em junho, não sabia
bem o que protestar. Educação, saúde, aumento de passagens. Contra a Dilma, conta o Alckmin, contra o Lula, o
“Zé” Dirceu. As reivindicações foram
muito genéricas, muito vagas. Só serviram para colocar em exposição na
mídia nacional, organizações formadas à partir de perfis nas redes sociais
ou que sempre pregaram a anarquia, a
bagunça e o desgoverno.
As
manifestações e rua de 2013, perderam força. Podem voltar com força? Sim, claro
que podem. Mas, vai depender dos ventos eleitorais midiáticos de um certo
mineirinho, neto daquele que nunca foi, ou de uma ex- seringueira e doublê de
liderança internacional pelo verde querer chegar à Granja do Torto. Quem viver verá.
Mas, enquanto isso, que tal cantarolar: “ Brava gente brasileira, longe vá temor servil. Ou
ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil!”
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