Teatro na faculdade
Os
alunos da área de comunicação social, formado pelos cursos de Jornalismo,
Publicidade, Rádio e Televisão da Faculdade de Campo Limpo Paulista, tiveram a
oportunidade de assistir uma peça
teatral, ou uma “brincadeira” como disse o professor Cleber Lima, de Estética e
História da Arte I, que também é diretor do Núcleo XIII, formado por alunos e
ex-alunos da instituição. O anfiteatro
ficou lotado na noite de 7 de maio. As
atividades extra classes, são sim um fator motivador para os alunos. Ao final da apresentação , que durou pouco mais de uma hora. O diretor do
espetáculo, fez algumas considerações sobre o trabalho. Lembrou
Cleber Lima, que a montagem feita não foi baseada literalmente na obra de José de Alencar. Mas,
os atores estudaram e pesquisaram O Guarani, extraindo alguns trechos. Foram
introduzidos também trechos de
poesias de Cecília Meireles e Fernando Pessoa. Outro ponto destacado por
Cleber, foi a interação com o público
presente. “ Trabalhamos a união de texto e corpo, usando elementos da dança
moderna” , completou o professor Lima.
A apresentação
“Isto é
Guarani?” É uma vivência teatral do Núcleo XIII de Artes Dramáticas, que existe
desde 2005. Estruturado a partir de um
processo colaborativo em que se dispõe despertar imagens poéticas no público.
A partir de
suas vivências pessoais, cada um dos integrantes, lançam um olhar poético sobre a obra “O
Guarani”, de José de Alencar, colocada como ponto de partida para o jogo
cênico.
Partindo desse olhar
poético dos atores tendo como base pesquisa sobre o universo da obra e do próprio autor, foram
desenvolvidas improvisações a partir dos quais uma dramaturgia em processo
foi depreendida. Paralelamente o grupo
mergulhou em uma processo de ampliação
do repertório estético através da
análise e apropriação de procedimentos
de técnicas e encenações de Rudolf
Laban, Pina Baush, Robert Wilson e
Teatro da Vertigem.
Nogueira, aluno de rádio e TV.(foto André Ribeiro) |
"Isto é Guarani?"(teatro faccamp) |
O processo levou
uma interação e relação de cumpricidade
entre atores e público presente. Representados por temas como “janela”,
“muralha”, “encontro”, “escada”, “desencontro” e “amor” transitam e
flutuam através do rizoma proposto pelo
grupo, transpassados os procedimentos
como a repetição , a citação e o depoimento pessoal. Em uma contraposição ao Teatro da Fábula. O
que o grupo quer, é uma experiência
compartilhada aberta, aliás, bem ao encontro do novo ritmo de vida nos dias atuais. É o
despertar dos desejos poéticos do público no papel de coautor.
O Feedback
Para Adenildo
Nogueira, do terceiro semestre de Rádio e TV, que assistiu o espetáculo
pela segunda vez, “ foi algo místico e que levou à lembrança de evolução da sociedade e do
Brasil”.
Já Rubens Pereira,
aluno de jornalismo, que fotografou cada detalhe da peça e inclusive, foi uma
das cobaias’, interagindo com os atores, afirmou que
a experiência foi única.
Personagem
A pequena
Rebeca, de 11 anos, também participou do grupo. Coube a ela o encerramento, realizando uma brincadeira de bem-me-quer, mal -me- quer. Fechando com a frase “o amor é uma flor roxa,
que para no coração do trouxa”. Alegre,
a menina que estuda na escola Jerônimo de Camargo de Jarinu, fazendo o sétimo
ano e que pretende seguir a carreira de professora, estava plenamente
satisfeita com a sua apresentação.
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